Porque quando fecho os
olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro
de mim. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira
do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde
passo todos os dias. É agora que quero dividir maçãs, achar o fim do arco-íris,
pisar sobre estrelas e acordar serena. É para já que preciso contar as
descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus cílios. Não
quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja
forte. Porque é preciso coragem para me arriscar num futuro incerto. Não posso
esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver
presentes. Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido,
sem passados. É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes.
Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos e
chocolates. Apague minhas interrogações."
"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "
(Caio Fernando de Abreu)
imagens e poemas retirados da internet)
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