sábado, 29 de dezembro de 2012





Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
amo-te diretamente sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,

a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com meu sono.

Pablo Neruda
(poema e imagem retirados da internet)
   







sexta-feira, 28 de dezembro de 2012





"Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão....tranqüilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser.Não me limito , não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer...Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca."





"Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter… Calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida."


Clarice Lispector
(poemas e imagem retirados da internet)

domingo, 23 de dezembro de 2012



Ausência


Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade


MÃE...
Nossos laços estarão eternamente ligados...
Em nome do AMOR...
Por Amor e em qualquer outra dimensão!!!
Saudades...te amo!!







Sou como você me Vê


Sou como você me vê...posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,depende de quando e como você me vê passar...suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras, sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calma e perdôo logo. 
Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre...Tenho felicidade o bastante para ser doce,dificuldades para ser forte,tristeza para ser humana e esperança suficiente para ser feliz. Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre...Sou uma filha da natureza:quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser...a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo
Clarice Lispector
(poema e imagem retirados da internet)





terça-feira, 18 de dezembro de 2012

 

Basta


 Para meu coração basta teu peito para tua liberdade bastam minhas asas. Desde minha boca chegará até o céu o que estava dormindo sobre tua alma. E em ti a ilusão de cada dia. Chegas como o sereno às corolas. Escavas o horizonte com tua ausência Eternamente em fuga como a onda. Eu disse que cantavas no vento como os pinheiros e como os hastes. Como eles és alta e taciturna. e entristeces prontamente, como uma viagem. Acolhedora como um velho caminho. Te povoa ecos e vozes nostálgicas. eu despertei e às vezes emigram e fogem pássaros que dormiam em tua alma.

Pablo Neruda
(poema e imagem retirados da internet)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

 

Sou composta por urgências
minhas alegrias são intensas
minhas tristezas, absolutas. 
Me entupo de ausências, 
me esvazio de excessos.
Eu não caibo no estreito, 
eu só vivo nos extremos. 
Eu caminho, desequilibrada, 
em cima de uma linha tênue 
entre a lucidez e a loucura. 
De ter amigos eu gosto 
porque preciso de ajuda pra sentir, 
embora quem se relacione comigo 
saiba que é por conta-própria e auto-risco. 
O que tenho de mais obscuro, 
é o que me ilumina. 
E a minha lucidez é que é perigosa ... 
Se eu pudesse me resumir, 
diria que sou irremediável!


Clarice Lispector
(Poema retirado da internet)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012



Serenata


"Permita que eu feche os meus olhos, pois é muito longe e tão tarde! Pensei que era apenas demora, e cantando pus-me a esperar-te. Permita que agora emudeça: que me conforme em ser sozinha. Há uma doce luz no silencio,e a dor é de origem divina. Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo, e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo"

Cecília Meireles
(imagem e poema retirados da internet)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012





Te Amo Tanto

Bruno e Marrone


Tanto, te amo tanto que não dá pra esquecer
A minha vida não é vida agora
Sabe, o sol não brilha, mas depois do amanhecer
Sem os seus olhos
Falta, faz tanta falta seu amor pra acordar
Eu não entendo o porquê de não querer
Toda ternura que eu dei só pra você
Me faz gritar ao mundo que eu te amo tanto...
Amo muito mais que a minha vida!
Certo que um dia vou te encontrar
Choro, choro tanto de saudades sua
Peço a Deus um dia pra voltar
Eu peço a Deus para voltar




    

quarta-feira, 28 de novembro de 2012



CHAMA E FUMO


Amor – chama, e, depois, fumaça…
Medita no que vais fazer:
O fumo vem, a chama passa…
Gozo cruel, ventura escassa,
Dono do meu e do teu ser,
Amor – chama, e, depois, fumaça…
Tanto ele queima! e, por desgraça,
Queimando o que melhor houver,
O fumo vem, a chama passa…
Paixão puríssima ou devassa,
Triste ou feliz, pena ou prazer,
Amor – chama, e, depois, fumaça…
A cada par que a aurora enlaça,
Como é pungente o entardecer!
O fumo vem, a chama passa…
Antes, todo ele é gosto e graça.
Amor, fogueira linha a arder!
Amor – chama, e, depois, fumaça…
Porquanto, mal se satisfaça
(Como te poderei dizer?…),
O fumo vem, a chama passa…
A chama queima. O fumo embaça.
Tão triste que é! Mas… tem de ser…
Amor?… – chama, e, depois, fumaça:
O fumo vem, a chama passa…
Manoel Bandeira
(poema retirado  da internet)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

   



Ser Estranho



Dentro de mim aparece as vezes
Uma mulher que me vive em segredo
Um ser estranho que ate tenho medo
Que algum dia me expulse de mim

É mais doida, que a própria ferida
É mais calada que o próprio silencio
E tem a idade em que nada é proibido
Vive comigo dentro de mim

Corre pra dentro de mim
Como se eu fosse uma espécie de aprendiz
Fala comigo tal qual a um amigo
E me aconselha a fazer tudo aquilo que 
A coragem não deixa fazer
Quando eu não faço ela faz
Quando eu não quero ela é audaz

Quando se zanga consegue o que quer
As vezes me diz que não quer ser mulher
Mas sente falta de um homem qualquer
Essa mulher grita dentro de mim quando calo
Essa mulher chora dentro de mim quando canto

Essa mulher ri do meu sofrimento se amo
Essa mulher sai de dentro mim quando sonho
Essa mulher morre dentro de mim quando grito
Essa mulher me da sua mão quando sofro

Ela é tão "eu" que as vezes não sei quem é ela
É tão só que as vezes não sei se sou eu
Ela é a vida, é a morte doida 
É doída como um corte no fundo do meu coração, coração, coração

Dentro de mim aparecem segredos
Uma mulher quem me vive as vezes
Um ser estranho que até tenho medo
Algum dia me expulse de mim
E algum dia me expulse de mim

JESSÉ



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

 





SONETO LXXXVIII


Quando me tratas mal e, desprezado, 
Sinto que o meu valor vês com desdém, 
Lutando contra mim, fico a teu lado 
E, inda perjuro, provo que és um bem. 

Conhecendo melhor meus próprios erros, 
A te apoiar te ponho a par da história 
De ocultas faltas, onde estou enfermo; 
Então, ao me perder, tens toda a glória. 

Mas lucro também tiro desse ofício: 
Curvando sobre ti amor tamanho, 
Mal que me faço me traz benefício, 


Pois o que ganhas duas vezes ganho. 
Assim é o meu amor e a ti o reporto: 
Por ti todas as culpas eu suporto.



William Shakespeare

quarta-feira, 14 de novembro de 2012



Versos Íntimos


Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo amigo é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

por Augusto dos Anjos





terça-feira, 13 de novembro de 2012

           

Tempos idos


Não enterres, coveiro, o meu Passado,
Tem pena dessas cinzas que ficaram;
Eu vivo dessas crenças que passaram,
e quero sempre tê-las ao meu lado!


Não, não quero o meu sonho sepultado
No cemitério da Desilusão,
Que não se enterra assim sem compaixão
Os escombros benditos de um Passado!


Ai! Não me arranques d’alma este conforto!
- Quero abraçar o meu passado morto,
- Dizer adeus aos sonhos meus perdidos!
 
Deixa ao menos que eu suba à Eternidade
Velado pelo círio da Saudade,
Ao dobre funeral dos tempos idos!

Augusto dos Anjos
(poema retirado da internet)



domingo, 4 de novembro de 2012

   



Sei que não posso querer que a vida,
Se encaixe na minha vontade...
 Sei também que assim como ganhamos...
Também perdemos!
E assim,a vida muda inevitavelmente!
Lamento profundamente que desejes o fim.
Que abandones  a certeza de ser feliz.

Viver um amor não é para os covardes...
É preciso ter coragem!
É preciso saber se doar!
Eu fiz o que pude...

Amar eu amei!

E você sabe...
Te amei como louca!!!
Me doei inteira...
Despi minha alma diante de ti...
E de repente,tudo acabado e ponto final!
Você se foi sem dizer uma palavra.

Não vou chorar agora!
Ate porque minhas lágrimas
Não vão te trazer de volta...
Tudo que sei,é que vou passar toda minha
Vida pra te esquecer...
Por que,mesmo com o fim,
Meu amor por você ainda existe
É imenso demais!

Talvez um dia eu chore...

Quando  enfim a vida terminar
E dos sonhos nada mais restar...
E eu tenha que lamentar pelo tempo que perdi
Suplicando teus beijos...
Morrendo de frio,
Esperando o calor do teu corpo...
Reclamando tua ausência...

Talvez eu chore um dia...

Pela estúpida ilusão de te querer
Só pra mim...
Numa ironia cruel...
Onde na vida ninguém...
 É de ninguém completamente!

Talvez um dia eu chore...

Não por você,mas por mim!
Pelas tantas vezes e malditas
Oportunidades  perdidas...
Quando me sentia uma tola feliz...
Olhando em teus olhos e
Acreditando nas tuas juras mentirosas!

Sim!talvez  um dia eu chore!

Nas noites frias...
No silêncio do meu quarto...
Na solidão dos dias...
Quando eu me sentir perdida...
Quando eu tiver que aprender a recomeçar...
Sem você!
Quando eu precisar ser feliz...
Longe de você!
O meu coração se oprime
De angustia...
De tristeza...
De medo...
Mas...a vida não se importa...
Você não se importa...
O mundo não irá parar!
E ainda que eu não saiba quem sou...
Se chorando ou não...
Se meu mundo caiu...
Eu que aprenda a levantá-lo!

Talvez eu chore um dia!

Chore feito criança...
Por todos os dias que vivi
Amando quem nunca soube
O que é o amor...
Talvez agora,eu aprenda a ser só...
E desista de buscar a tal felicidade,
E deixe a vida me levar...
E quando a amargura preencher
O vazio de minha’lma...
Meu coração entenda
Finalmente que no jogo do amor
Ele perdeu!
E no resumo de tudo,
Só  resta esquecer! 
Esquecer que um dia eu te amei!  
by Ana Cleice

terça-feira, 16 de outubro de 2012




Poemas de Hilda Hilst


 
Colada à tua boca a minha desordem. O meu vasto querer. O incompossível se fazendo ordem. Colada à tua boca, mas descomedida Árdua Construtor de ilusões examino-te sôfrega Como se fosses morrer colado à minha boca. Como se fosse nascer E tu fosses o dia magnânimo Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.

(poema retirado da internet)

domingo, 14 de outubro de 2012






SE EU PUDESSE AGORA...

OLHARIA NOS TEUS OLHOS...

TE ENCHERIA DE BEIJOS...

TE ABRAÇARIA COM TERNURA...

TE DIRIA BAIXINHO AO TEU OUVIDO...

O QUE NÃO POSSO EVITAR...

O QUE ACONTECERIA DEPOIS...?

SÓ NÓS SABEMOS!!!

by Ana Cleice











sexta-feira, 12 de outubro de 2012




Dói!
Dói absurdamente a dor de não poder te amar,
Quando o desejo por você despertado,
Transborda...
Se perde aos poucos num gozo involuntário...
Inevitável...
Solitário...
Fragmentado e rejeitado mas...
Que cansou de ser reprimido e como
Fera enjaulada...precisa sair!!

Dói !
Dói como se eu fosse parir minha alma...
Num desespero incontido...
Na esperança insana de salvar o filho
Não concebido, que foi abortado pelo
Tempo de espera...
Pela tortura do medo...
Do querer...ou ...
Simplesmente pelo teu
Não  querer!

Ah !Como dói!
Dói sentir minha boca seca...
Ansiosa pelos teus beijos e...
Tudo que mata a minha sede agora,
É o gosto salgado das minhas lágrimas,
Quando minha vontade é beber teu suor!

Dói !
Não saber o que fazer com minhas mãos...
Quando  elas anseiam ávidas e inquietas
Te tocar inteiro...
Te afagar.

Meu Deus! Como dói!
Me sentir sufocada...
Perder o ar...
Não saber pra onde ir,para te encontrar...
Quando a saudade faz a cabeça perder o rumo...
Os dedos discam teu numero mesmo sem querer...
E o coração só sabe  o caminho que leva a ti.

Dói!
Aceitar teu silêncio...
Quando minha busca por palavras
Ecoa no nada que tenho de você...
E minha mente se perde num abismo
De angustias e incertezas do teu ser.

Dói! 
Dói terrivelmente ser sã...
Quando meu amor é louco...
E deseja subir no mais alto dos picos
E gritar aos quatros cantos do mundo...
Tudo o que sinto por ti...
E ainda assim,
Nunca terei dito o suficiente!

Dói!
Não ter você aqui comigo agora...
Dói ficar sem você,quando tudo que quero dizer
É que EU TE AMO!
E essa certeza eu tenho de
CORPO E ALMA!
by Ana Cleice


terça-feira, 2 de outubro de 2012



Poemas de Hilda Hilst

Toma-me. A tua boca de linho sobre a minha boca Austera. Toma-me AGORA, ANTES Antes que a carnadura se desfaça em sangue, antes Da morte, amor, da minha morte, toma-me Crava a tua mão, respira meu sopro, deglute Em cadência minha escura agonia.  Tempo do corpo este tempo, da fome Do de dentro. Corpo se conhecendo, lento, Um sol de diamante alimentando o ventre, O leite da tua carne, a minha Fugidia. E sobre nós este tempo futuro urdindo Urdindo a grande teia. Sobre nós a vida A vida se derramando. Cíclica. Escorrendo.  Te descobres vivo sob um jogo novo. Te ordenas. E eu deliquescida: amor, amor, Antes do muro, antes da terra, devo Devo gritar a minha palavra, uma encantada Ilharga Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar Digo para mim mesma. Mas ao teu lado me estendo Imensa. De púrpura. De prata. De delicadeza.

domingo, 23 de setembro de 2012



Sinto-me demasiadamente cansada!
Quanto mais eu faço,menos consigo,menos eu sei!
Já não sei para onde direcionar meus pensamentos...
Nem para onde levo meu coração para não pensar
Tanto em você!
Onde ir,para esquecer um amor?
Como fazer o coração odiar,para não morrer
Afogado no próprio amor?
Não importa o quanto  eu tente...
Algumas coisas não posso mudar.
Eu não sei como deixar de te amar...
Seu amor é como uma sombra em mim o
Tempo todo...
Eu já não me encontro mais!
Pertenço à você,cada vez que respiro!
Você está em todas as coisas que faço...
Que vejo...que sinto...que penso!
Está presente na brisa,que toca meu rosto levemente...
Na chuva que me lava a alma...
No calor do sol que me aquece por ti...
Na música que me emociona...
Nas entrelinhas do poema de amor que leio...
Você está na beleza das flores do meu jardim...
Nas minhas manhãs...
No vazio das minhas tardes...
Na magia do por do sol...
Nas noites frias e solitárias sem carinho...
No desejo latente e sufocado do meu corpo...
No rosto do desconhecido,caminhando na multidão...
Está na lágrima que cai...
Na distancia que nos separa...
Na saudade impiedosa que dói...
Está presente em todos os meus momentos!
Te tanto caminhar,perdi meu rumo...
Procuro em mim...
Não encontro minha vida...
Te tanto te amar,me abandonei...
Procuro em ti...
E me encontro completa!!
Você está  presente em tudo...
Em tudo eu te sinto...
Mas o que mais sinto...
É a presença constante da
Tua ausência!!
by Ana Cleice

terça-feira, 11 de setembro de 2012





Encha-me!

De beijos...
De carinhos...
De carícias...
Afagos  e ...
Amasso!

Prenda-me!

Num abraço gostoso...
Apertado e demorado...

Descubra-me!

Deslize suas mãos devagarzinho...
Por todo meu corpo...

Acenda-me!

Com teu fogo ardente...
Tudo que preciso agora
É você!

Busque-me!

Sou tudo o que te falta...
Tudo que precisas!

Domine-me!

Nos teus braços sou frágil...
Você me faz fraca..
Assim como me faz forte!

Castigue-me!

Sou  pecadora matando...
A fome de um santo!

Invada-me!

Você conhece a porta
Da minha alma...
Tome posse...
Sou  tua!
Possua-me...
E te darei a certeza...
Que nós,nos pertencemos!!

EU TE AMO!
by Ana Cleice


                                                     













quarta-feira, 5 de setembro de 2012

  
AMAR

Eu quero amar, amar perdidamente!  Amar só por amar: aqui... além...  Mais este e aquele, o outro e a toda gente...  Amar! Amar! E não amar ninguém!  Recordar? Esquecer? Indiferente!...  Prender ou desprender? É mal? É bem?  Quem disse que se pode amar alguém  Durante a vida inteira é porque mente!   Há uma primavera em cada vida:  É preciso cantá-la assim florida,  Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar.   E se um dia hei de ser pó, cinza e nada  Que seja a minha noite uma alvorada,  Que eu saiba me perder... pra me encontrar...    
Florbela Espanca          











domingo, 2 de setembro de 2012


Sussurrei...
Falei...
Pedi...
Gritei...
Apelei...
Fiz de tudo...
Na tentativa de conseguir te esquecer,
Mas  ainda assim,ele,meu coração
Não me ouviu!
Errei!
Errei terrivelmente quando...
Confessei todo meu amor...
E me desarmei totalmente...
Errei quando...
Te mostrei o caminho...
Quando te revelei o segredo...
Quando te entreguei  a chave ...
Do meu coração!!
Você  entra...
Me cala com seus beijos...
Me leva por lugares...
Que sozinha eu nunca  descobriria...
Tua mão atrevida...
Teu olhar penetrante...
Inicia um incêndio em mim...
Me deixa despida...
Você sai...
Deixa tudo fora do lugar...
Emoção por cima da razão...
Sentimentos  pelo avesso...
Brinca com o meu amor...
Me deixa  aqui...
Atormentada ...
O coração que  ainda te chama...
O corpo implorando...
Dilacerada...
A alma machucada...
Sofrendo as torturas do desejo insatisfeito...
Morrendo a cada minuto de saudades...
E na minha  solidão procuro por você.
E tudo... é só  vazio!
Vivo à deriva por você!
Esperando sempre pelo seu porto!
Sonhando encontrar nossa paz...
Esperando sempre pelo fim de suas guerras!
Dos seus conflitos...dos receios...dos medos!
Esperando,de braços abertos...
Coração na mão...a tua volta...
Mesmo sem saber o dia!
Quem ama,não mede as conseqüências...
Eu tento me enganar...
Eu  quero e preciso
 Acreditar que posso seguir sem você...
Embora,cada parte do meu ser tenha 
Tentado...
Só você pode preencher meus espaços vazios!
 O amor é assim...
Não depende de mim...
Você é vicio!!!
E de você...
me tornei ...
TOTALMENTE DEPENDENTE!!
By Ana Cleice

quarta-feira, 29 de agosto de 2012


Poema LXVI

Não te quero senão porque te quero 
e de querer-te a não querer-te chego 
e de esperar-te quando não te espero 
passa meu coração do frio ao fogo. 

Te quero só porque a ti te quero, 
te odeio sem fim, e odiando-te te rogo, 
e a medida de meu amor viageiro 
é não ver-te e amar-te como um cego. 

Talvez consumirá a luz de janeiro, 
seu raio cruel, meu coração inteiro, 
roubando-me a chave do sossego. 

Nesta história só eu morro 
e morrerei de amor porque te quero, 
porque te quero, amor, a sangue e fogo. 

Pablo Neruda
(Retirado de: Cem sonetos de amor)