sábado, 22 de junho de 2013



















A Vida

É vão o amor,o ódio,ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!
Todos somos no mundo" Pedro Sem",
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!
A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...
Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

 Florbela Espanca
(Poema e imagem retirados da internet)

sábado, 8 de junho de 2013





Não consigo dormir.
Você está na minha mente...
Meu coração está inquieto!
Nada parece se encaixar...
Me sinto de volta ao nada!

Oh,meu coração!
Não quero te decepcionar de novo...
Com mais uma tentativa.
Mas,de que adiantou,se descobrir apaixonado?
Minhas noites ainda são solitárias...sem ele...
Tudo o que eu queria agora...
Era sentir sua respiração...
Seu corpo junto ao meu.
Colados.

Assim,eu poderia lhe pertencer...
De uma maneira tão intensa e completa,
Que não seria só o ato de fazer amor...
Eu estaria celebrando meu imenso amor por ele...
O tempo passa por mim,e o sono não vem...
E eu me sinto ainda mais só...
Quem sabe o que o amanhã traz?
Tudo o que sei..é o que sinto!
E eu sei,o quanto isso é verdadeiro...
Eu quero você!
Eu quero seu amor!!

by  Ana Cleice
(imagem retirada da internet)

terça-feira, 4 de junho de 2013





UM AMOR

Por ti junto aos jardins recém-enflorados me doem os perfumes de primavera.
Esqueci teu rosto, não recordo de tuas mãos, de como beijavam teus lábios?
Por ti amo as brancas estátuas adormecidas nos parques, as brancas estátuas que não têm voz nem olhar.
Esqueci tua voz, tua voz alegre, esqueci de teus olhos.
Como uma flor a seu perfume, estou atado à tua lembrança imprecisa. Estou perto da dor como uma ferida, se me tocas me maltratarás irremediavelmente.
Tuas carícias me envolvem como as trepadeiras aos muros sombrios.
Esqueci teu amor e não obstante te adivinho atrás de todas as janelas.
Por ti me doem os pesados perfumes do estio: por ti volto a espreitar os signos que precipitam os desejos, as estrelas em fuga, os objetos que caem.

Pablo Neruda
(poema e imagem retirados da interne)