sexta-feira, 30 de novembro de 2012





Te Amo Tanto

Bruno e Marrone


Tanto, te amo tanto que não dá pra esquecer
A minha vida não é vida agora
Sabe, o sol não brilha, mas depois do amanhecer
Sem os seus olhos
Falta, faz tanta falta seu amor pra acordar
Eu não entendo o porquê de não querer
Toda ternura que eu dei só pra você
Me faz gritar ao mundo que eu te amo tanto...
Amo muito mais que a minha vida!
Certo que um dia vou te encontrar
Choro, choro tanto de saudades sua
Peço a Deus um dia pra voltar
Eu peço a Deus para voltar




    

quarta-feira, 28 de novembro de 2012



CHAMA E FUMO


Amor – chama, e, depois, fumaça…
Medita no que vais fazer:
O fumo vem, a chama passa…
Gozo cruel, ventura escassa,
Dono do meu e do teu ser,
Amor – chama, e, depois, fumaça…
Tanto ele queima! e, por desgraça,
Queimando o que melhor houver,
O fumo vem, a chama passa…
Paixão puríssima ou devassa,
Triste ou feliz, pena ou prazer,
Amor – chama, e, depois, fumaça…
A cada par que a aurora enlaça,
Como é pungente o entardecer!
O fumo vem, a chama passa…
Antes, todo ele é gosto e graça.
Amor, fogueira linha a arder!
Amor – chama, e, depois, fumaça…
Porquanto, mal se satisfaça
(Como te poderei dizer?…),
O fumo vem, a chama passa…
A chama queima. O fumo embaça.
Tão triste que é! Mas… tem de ser…
Amor?… – chama, e, depois, fumaça:
O fumo vem, a chama passa…
Manoel Bandeira
(poema retirado  da internet)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

   



Ser Estranho



Dentro de mim aparece as vezes
Uma mulher que me vive em segredo
Um ser estranho que ate tenho medo
Que algum dia me expulse de mim

É mais doida, que a própria ferida
É mais calada que o próprio silencio
E tem a idade em que nada é proibido
Vive comigo dentro de mim

Corre pra dentro de mim
Como se eu fosse uma espécie de aprendiz
Fala comigo tal qual a um amigo
E me aconselha a fazer tudo aquilo que 
A coragem não deixa fazer
Quando eu não faço ela faz
Quando eu não quero ela é audaz

Quando se zanga consegue o que quer
As vezes me diz que não quer ser mulher
Mas sente falta de um homem qualquer
Essa mulher grita dentro de mim quando calo
Essa mulher chora dentro de mim quando canto

Essa mulher ri do meu sofrimento se amo
Essa mulher sai de dentro mim quando sonho
Essa mulher morre dentro de mim quando grito
Essa mulher me da sua mão quando sofro

Ela é tão "eu" que as vezes não sei quem é ela
É tão só que as vezes não sei se sou eu
Ela é a vida, é a morte doida 
É doída como um corte no fundo do meu coração, coração, coração

Dentro de mim aparecem segredos
Uma mulher quem me vive as vezes
Um ser estranho que até tenho medo
Algum dia me expulse de mim
E algum dia me expulse de mim

JESSÉ



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

 





SONETO LXXXVIII


Quando me tratas mal e, desprezado, 
Sinto que o meu valor vês com desdém, 
Lutando contra mim, fico a teu lado 
E, inda perjuro, provo que és um bem. 

Conhecendo melhor meus próprios erros, 
A te apoiar te ponho a par da história 
De ocultas faltas, onde estou enfermo; 
Então, ao me perder, tens toda a glória. 

Mas lucro também tiro desse ofício: 
Curvando sobre ti amor tamanho, 
Mal que me faço me traz benefício, 


Pois o que ganhas duas vezes ganho. 
Assim é o meu amor e a ti o reporto: 
Por ti todas as culpas eu suporto.



William Shakespeare

quarta-feira, 14 de novembro de 2012



Versos Íntimos


Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo amigo é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

por Augusto dos Anjos





terça-feira, 13 de novembro de 2012

           

Tempos idos


Não enterres, coveiro, o meu Passado,
Tem pena dessas cinzas que ficaram;
Eu vivo dessas crenças que passaram,
e quero sempre tê-las ao meu lado!


Não, não quero o meu sonho sepultado
No cemitério da Desilusão,
Que não se enterra assim sem compaixão
Os escombros benditos de um Passado!


Ai! Não me arranques d’alma este conforto!
- Quero abraçar o meu passado morto,
- Dizer adeus aos sonhos meus perdidos!
 
Deixa ao menos que eu suba à Eternidade
Velado pelo círio da Saudade,
Ao dobre funeral dos tempos idos!

Augusto dos Anjos
(poema retirado da internet)



domingo, 4 de novembro de 2012

   



Sei que não posso querer que a vida,
Se encaixe na minha vontade...
 Sei também que assim como ganhamos...
Também perdemos!
E assim,a vida muda inevitavelmente!
Lamento profundamente que desejes o fim.
Que abandones  a certeza de ser feliz.

Viver um amor não é para os covardes...
É preciso ter coragem!
É preciso saber se doar!
Eu fiz o que pude...

Amar eu amei!

E você sabe...
Te amei como louca!!!
Me doei inteira...
Despi minha alma diante de ti...
E de repente,tudo acabado e ponto final!
Você se foi sem dizer uma palavra.

Não vou chorar agora!
Ate porque minhas lágrimas
Não vão te trazer de volta...
Tudo que sei,é que vou passar toda minha
Vida pra te esquecer...
Por que,mesmo com o fim,
Meu amor por você ainda existe
É imenso demais!

Talvez um dia eu chore...

Quando  enfim a vida terminar
E dos sonhos nada mais restar...
E eu tenha que lamentar pelo tempo que perdi
Suplicando teus beijos...
Morrendo de frio,
Esperando o calor do teu corpo...
Reclamando tua ausência...

Talvez eu chore um dia...

Pela estúpida ilusão de te querer
Só pra mim...
Numa ironia cruel...
Onde na vida ninguém...
 É de ninguém completamente!

Talvez um dia eu chore...

Não por você,mas por mim!
Pelas tantas vezes e malditas
Oportunidades  perdidas...
Quando me sentia uma tola feliz...
Olhando em teus olhos e
Acreditando nas tuas juras mentirosas!

Sim!talvez  um dia eu chore!

Nas noites frias...
No silêncio do meu quarto...
Na solidão dos dias...
Quando eu me sentir perdida...
Quando eu tiver que aprender a recomeçar...
Sem você!
Quando eu precisar ser feliz...
Longe de você!
O meu coração se oprime
De angustia...
De tristeza...
De medo...
Mas...a vida não se importa...
Você não se importa...
O mundo não irá parar!
E ainda que eu não saiba quem sou...
Se chorando ou não...
Se meu mundo caiu...
Eu que aprenda a levantá-lo!

Talvez eu chore um dia!

Chore feito criança...
Por todos os dias que vivi
Amando quem nunca soube
O que é o amor...
Talvez agora,eu aprenda a ser só...
E desista de buscar a tal felicidade,
E deixe a vida me levar...
E quando a amargura preencher
O vazio de minha’lma...
Meu coração entenda
Finalmente que no jogo do amor
Ele perdeu!
E no resumo de tudo,
Só  resta esquecer! 
Esquecer que um dia eu te amei!  
by Ana Cleice