terça-feira, 16 de outubro de 2012




Poemas de Hilda Hilst


 
Colada à tua boca a minha desordem. O meu vasto querer. O incompossível se fazendo ordem. Colada à tua boca, mas descomedida Árdua Construtor de ilusões examino-te sôfrega Como se fosses morrer colado à minha boca. Como se fosse nascer E tu fosses o dia magnânimo Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.

(poema retirado da internet)

domingo, 14 de outubro de 2012






SE EU PUDESSE AGORA...

OLHARIA NOS TEUS OLHOS...

TE ENCHERIA DE BEIJOS...

TE ABRAÇARIA COM TERNURA...

TE DIRIA BAIXINHO AO TEU OUVIDO...

O QUE NÃO POSSO EVITAR...

O QUE ACONTECERIA DEPOIS...?

SÓ NÓS SABEMOS!!!

by Ana Cleice











sexta-feira, 12 de outubro de 2012




Dói!
Dói absurdamente a dor de não poder te amar,
Quando o desejo por você despertado,
Transborda...
Se perde aos poucos num gozo involuntário...
Inevitável...
Solitário...
Fragmentado e rejeitado mas...
Que cansou de ser reprimido e como
Fera enjaulada...precisa sair!!

Dói !
Dói como se eu fosse parir minha alma...
Num desespero incontido...
Na esperança insana de salvar o filho
Não concebido, que foi abortado pelo
Tempo de espera...
Pela tortura do medo...
Do querer...ou ...
Simplesmente pelo teu
Não  querer!

Ah !Como dói!
Dói sentir minha boca seca...
Ansiosa pelos teus beijos e...
Tudo que mata a minha sede agora,
É o gosto salgado das minhas lágrimas,
Quando minha vontade é beber teu suor!

Dói !
Não saber o que fazer com minhas mãos...
Quando  elas anseiam ávidas e inquietas
Te tocar inteiro...
Te afagar.

Meu Deus! Como dói!
Me sentir sufocada...
Perder o ar...
Não saber pra onde ir,para te encontrar...
Quando a saudade faz a cabeça perder o rumo...
Os dedos discam teu numero mesmo sem querer...
E o coração só sabe  o caminho que leva a ti.

Dói!
Aceitar teu silêncio...
Quando minha busca por palavras
Ecoa no nada que tenho de você...
E minha mente se perde num abismo
De angustias e incertezas do teu ser.

Dói! 
Dói terrivelmente ser sã...
Quando meu amor é louco...
E deseja subir no mais alto dos picos
E gritar aos quatros cantos do mundo...
Tudo o que sinto por ti...
E ainda assim,
Nunca terei dito o suficiente!

Dói!
Não ter você aqui comigo agora...
Dói ficar sem você,quando tudo que quero dizer
É que EU TE AMO!
E essa certeza eu tenho de
CORPO E ALMA!
by Ana Cleice


terça-feira, 2 de outubro de 2012



Poemas de Hilda Hilst

Toma-me. A tua boca de linho sobre a minha boca Austera. Toma-me AGORA, ANTES Antes que a carnadura se desfaça em sangue, antes Da morte, amor, da minha morte, toma-me Crava a tua mão, respira meu sopro, deglute Em cadência minha escura agonia.  Tempo do corpo este tempo, da fome Do de dentro. Corpo se conhecendo, lento, Um sol de diamante alimentando o ventre, O leite da tua carne, a minha Fugidia. E sobre nós este tempo futuro urdindo Urdindo a grande teia. Sobre nós a vida A vida se derramando. Cíclica. Escorrendo.  Te descobres vivo sob um jogo novo. Te ordenas. E eu deliquescida: amor, amor, Antes do muro, antes da terra, devo Devo gritar a minha palavra, uma encantada Ilharga Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar Digo para mim mesma. Mas ao teu lado me estendo Imensa. De púrpura. De prata. De delicadeza.